O mercado financeiro, mantendo uma postura estável e otimista em relação à economia brasileira, reafirmou suas projeções de crescimento acima de 2% para o ano corrente.
Segundo os dados do boletim Focus, divulgado hoje (30) pelo Banco Central (BC), o Produto Interno Bruto (PIB), indicador que reflete a soma dos bens e serviços produzidos no país, é estimado fechar o ano em 2,02%. Esta previsão representa um aumento em relação à expectativa anterior, que há quatro semanas situava-se em 1,89%.
A pesquisa realizada junto a economistas e analistas de mercado revela que, para os próximos anos, a tendência de crescimento se mantém estável. Para 2025, estima-se um crescimento de 2%, o mesmo índice mantido nas últimas 20 semanas, repetindo-se também para 2026 e 2027.
Além do PIB, o boletim Focus também não alterou as projeções em relação à inflação, taxa de câmbio e à taxa Selic para o corrente ano.
No que diz respeito à inflação, os analistas preveem um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,73% para o ano de 2024, ligeiramente abaixo da previsão anterior de 3,75%. Essa estimativa encontra-se dentro do intervalo de meta de inflação estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Em relação à taxa básica de juros da economia, a taxa Selic, espera-se que encerre o ano em 9,5%. Os analistas indicam que, embora ainda prevejam uma redução, esta será menos acentuada do que inicialmente projetado. Nas últimas duas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), foi realizado um corte de 0,5 ponto percentual na Selic. No entanto, o mercado antecipa que esse ritmo possa ser desacelerado na próxima reunião do Copom, agendada para os dias 7 e 8 de maio.
Em relação ao câmbio, as projeções indicam um valor do dólar fechando o ano em torno de R$ 5,00 para 2024. Essa estimativa também sofreu uma leve elevação em comparação com as previsões anteriores, refletindo um cenário de maior volatilidade no mercado de câmbio.
Esses números e expectativas refletem um panorama de cautela e expectativa no mercado financeiro, à medida que a economia brasileira busca se recuperar e crescer de forma sustentável nos próximos anos.
